Bando de gaivotas
a poisar no areal
deserto.
E tu.
Tu, sempre tu,
nesta boca
com que te amei,
mordida de paixão.
Com a tua mão
desenhei
o meu coração.
Rubro,
gelatinoso,
doce.
Um horizonte
de ardida
cegueira
em contra-luz.
E tu,
tão húmida,
tão extensa,
um nicho
nas minhas
pálpebras
molhadas.
Gaivotas frias
de sal,
os olhos foscos
de espuma.
domingo, 14 de setembro de 2014
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