segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sonho.

A oito mil pés de altitude
sobre a extensão cinzenta das nuvens,
uma estranha solidão me absorve.

Ao meu lado, porém,
o figurino cromático
da tua presença.

Azul, verde e negro
de azeviche.

És tu.
Tu
e esse teu discreto
perfume francês.

Pela vigia de bordo,
numa lenta ilusão de movimento,
assisto à combustão contínua
de relâmpagos,
que me ferem os olhos.

E um pássaro,
inesperadamente,
vem pousar na lapela azul
do teu casaco.

Sem comentários:

Enviar um comentário